Araraquarense comenta 10 atitudes racistas que você não deve ter mais!
Veja mais uma coluna da araraquarense Erica Alexandre e reveja suas atitudes!

Foto: Comunica Araraquara
Nossa colunista, Erica Alexandre, listou dez atitudes racistas que muitas vezes, ainda temos no dia a dia.
Que tal pararmos para rever nossos atos?
Confira:
1 – NÃO DESVIAR DE PESSOAS NEGRAS OU SEGURAR SEUS PERTENCES DE FORMA MAIS FIRME COM MEDO DE ROUBO.
Nem todos os bandidos são negros, nem todos os negros são bandidos.
2 – QUANDO ENCONTRAR UMA PESSOA NEGRA EM UMA LOJA NÃO IMAGINAR LOGO DE CARA QUE ELA TRABALHA ALI
Fique atento aos detalhes como: se ela está usando uniforme, se a pessoa lhe abordou perguntando se pode ajudar. Lojistas são profissionais altamente competentes, mas nem todos são negros.
3 – SEGURANÇAS, PAREM DE PERSEGUIR PESSOAS NEGRAS DENTRO DE LOJAS.
Nós também somos consumidores. Volto a dizer, nem todos os negros são bandidos, nem todos os bandidos são negros. Isso tem a ver com caráter, não com cor da pele.
4 – NÃO CHAMEM UMA PESSOA NEGRA DE MORENA
Aqui o objetivo é amenizar “clareando” o negro. Muitos acreditam que chamar alguém de negro é ofensivo, e para ‘amenizar’ a situação da pessoa a classificam como “morena” ou “mulata”. Não existe justificativa para negar que alguém é negro, não é nenhuma ofensa chamar alguém de negro.
5 – AO ELOGIAR UMA MULHER NEGRA NÃO A COMPAREM À ‘GLOBELEZA’
A hipersexualização do corpo negro tem início aí. Para quem não acredita que isso ainda ocorra, temos a “Globeleza”. As escolhidas para o cargo são mulheres negras, com corpos esculturais, sambando seminuas no horário nobre. Enquanto isso, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou que 61% das vítimas de estupro são mulheres negras e jovens.
6 – PAREM DE USAR TERMOS QUE COLOCAM O NEGRO COMO ALGO RUIM
Denegrir, a coisa tá preta, não sou tuas negas e outros termos parecidos, nem deveriam mais existir em pleno 2020 certo?
7 – NÃO TOQUEM NO CABELO DE UM NEGRO SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO MESMO
É uma total falta de respeito e invasão de privacidade fazer isso com alguém independente de sua cor, mas infelizmente muitas pessoas não negras agem assim, causando mal-estar e constrangimento aos outros. E além de tocar ainda fazem perguntas como: pra lavar, lava normal? Ele é muito duro? Dá pra usar pente?
8 – NÃO JUSTIFIQUEM SUAS ATITUDES RACISTAS COM FRASES COMO: NÃO SOU RACISTA, TENHO ATÉ AMIGOS NEGROS.
Sinto lhe dizer, mas isso te torna ainda mais racista. Ter um amigo negro não lhe dá o direto de falar o que quiser a outras pessoas. Racismo é racismo e pronto.
9 – PAREM DE MINIMIZAR CONQUISTAS DE PESSOAS NEGRAS
Foram anos e anos de desigualdade, ofensas, auto estima desvalorizada… datas como Dia da Consciência Negra e Dia da Mulher Negra precisam existir para que negros e principalmente não negros possam valorizar e comemorar a luta e a história de pessoas que sempre lutaram pela igualdade. Cotas raciais, por exemplo, você pode não concordar, mas pelo menos respeite!
10 – PESSOAS NEGRAS POSSUEM SUA DIFERENÇAS, PARTICULARIDADES, SÃO DE CLASSES SOCIAIS DIFERENTES E NÃO CABE SOMENTE A UMA PESSOA NEGRA TE ENSINAR COMO RESPEITAR UM NEGRO
Pessoas negras também vão a restaurantes caros, não ouvem somente samba, todos os negros não se conhecem ou são parentes e não precisam saber tudo sobre questões raciais. Parem de generalizações. Estamos em constante transformação, lutando todos os dias contra abordagens violentas, racismo estrutural e outros obstáculos que infelizmente são rotina em nossas vidas. Podemos orientá-los, mas cabe a cada um procurar mudar suas atitudes. Use a empatia antes de agir e pensar. Não faça ou fale com os outros o que não gostaria que falassem ou fizessem com você.
Érica Cristina Alexandre dos Santos, é araraquarense, casada, bacharel em Turismo e Hotelaria e organizadora de Eventos, cerimonialista. Érica também é turbanista (realiza oficinas gratuitas de turbantes para todos os públicos), professora de Técnico em Organização de Eventos e Técnico de Camareira e colunista do Comunica Araraquara. É do Amém, do Axé e do Namastê. E como diria Jorge Bem: “Abençoada por Deus e bonita por natureza”.
Contato: erica.alexandre23@gmail.com
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Amanda Araújo é jornalista com experiência na área de digital há mais de 10 anos. Já escreveu para importantes portais do Brasil, já fez cobertura de eventos online e foi editora de um conceituado site de Bauru, entre outras atividades. Hoje é fundadora e editora-chefe do portal Comunica Araraquara.